Sou suspeitíssima pra falar dessa banda.
Iládio instalou-se num dos flancos mais profundos do meu coração. Meu down beat tupiniquim.
Da última vez que nos vimos ele explicava o projeto tapetão : haviam comprado um gerador e estavam tocando nas ruas. Tudo isso naquela despretensão tesuda que só de falar me molho todinha. Nada panfletário, muito menos eloquente. Tocar na rua, só.
Dia desses sugeri a alguns aspirantes escritores que podiam fazer intervenções poéticas dentro de ônibus - eu não conheço nenhuma gente normal que vá a teatro, sarau ou coisa parecida para ouvir poesia, normal não. Propus isso inspirada num ambulante cearense que às vezes encontro no trajeto Tucuruvi-Guarulhos que é de tirar o chapéu, coisa de nordestino que traz marcada na oralidade a tradição de séculos de poesia, que não se nomeia poesia - vixe! não é que me passou agora que se não me engano Iládio é ou descende diretamente dos caras lá de cima também. Enfim, nem me deram bola. Não liguei, porque antes da poesia gosto mais é da loucura, da loucura de gente que se arrisca no improvável das possíbilidades do sonho e da necessidade.
Se a música dos Cara Suja é boa ou ruim? Sei lá. Como disse sou suspeitíssima. Sei, é que quando o Wagner disse que os Cara estavam fazendo uma miniturnê em NY botei aqui em casa um CD antiguinho que tenho deles - do qual francamente gosto mais - e deixei meu coração bater forte de alegria. Se alegria inda for a prova dos nove....
CARA SUJA EM NY - PORTAS
Há portas demais nesse cômodo, e como eu me sinto, não há
Pessoa ou ilha que vá, entender o que eu sinto é fácil
Difícil é viver nessa ilha, pessoa sozinha, sem par
CARA SUJA confiram http://carasuja.wordpress.com/
Comentários
mais de 4.000 visitas, quando achei o blog tinham um pouco mais de 600 apenas.
VIVA!!!!
E só para não perder o habito, vou provocar:
Pensei que o Cara Suja só fizesse música ruim.
Hehe.
Lampião