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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Guarulhos & Ubatuba Educação & Cultura

Estive em Ubatuba - ou deveria dizer em em Ubachuva? Vá lá. Amo aquele clima vaginal : quente e úmido sem o qual a natureza não seria mais exuberante. Circulando a cidade descobri que estão ali também - como aqui em Guarulhos fizeram - estão construindo um teatro com verbas da educação. É. Adamastores sairam dos bolsos da educação - me corrijam se errei. Até aqui, ok. Educação e cultura deveriam miscigenar-se-ão? O troço só fica complicado quando a gente percebe que a miscigenação é apenas burocrática, econômica, de vitrine, ou sei lá o quê. Senão vejamos. Na porta do Centro Permanente de Exposições Ismael Silva - sempre fechado - há um cartaz que publica as atividades do Sesc em... São Paulo. No Adamastor do centro de Guarulhos também. Nenhuma menção da única atividade - para os um milhão e meio habitantes dessa cidade - como o da da casa de Cordeis, por exemplo, patrocinada pelo FUNCULTURA. Se fores ao Adamastor - do centro - neste fim de semana que foi contruído com a verba da ed

AGENDA CULTURAL DE GUARULHOS

A agenda Cultural de fevereiro já está linkada aqui ao lado no Quintal. As incrições para oficinas culturais iniciam-se segunda próxima mas ainda não achei na net a relação de atividades. Para quem ainda não conhece a Casa dos Cordeis e vai estar de passeio no domingo ... Show com Xoán Curiel - Casa dos Cordéis- dia 1º domingo - 16h Cantor, compositor, músico e arranjador Xoán Curiel – reside em Santiago de Compostela, Galícia/Espanha – está no Brasil para o lançamento do CD Nai (Mãe). No repertório, composições próprias em língua galega (idioma muito próximo da língua portuguesa), que tem a colaboração de músicos de vários países como Espanha, Brasil, Ucrânia, Bielo-Russia e Argentina. Patrocínio do Fundo Municipal de Cultura - FunCultura. Mais informações pelo telefone 2229-0580 ou no www.boscomaciel.com.br. Entrada franca. Av. Torres Tibagy, 90, Gopoúva. 16h. Crica

aljami'a

fui algemada não uma nem duas , mas apenas três vezes. surreal. da primeira vez, diversão. da segunda, tentei fugir e ri-me. ia onde? noutra não ia. algemaram-me os pés também - não conseguiam algemar a boca. e fui algemada e falante. o silêncio só veio depois - depois das lágrimas, depois do medo, depois do tédio do medo. e nunca mais usei pulseiras. nunca mais usei adornos, enfeites. aparento o que sou, presa apenas ao que poderia ser e não é. mitificaram-me e fui saboreada ínclita nos delirantes cafés . mas caminho tranquilamente nas ruas e não me reconhecem viva porque em algum momento estive morta, noutros - só eu creio - sobrevivi. CRIS
Estamos em férias. Ubatuba. Chove e faz frio. Creiam-me: estou agasalhada - uma blusa leve mas de blusa e jeans. Faz mal não, gosto assim também. Ainda há o ar, o céu - muito embaçado, mas é um senhor céu- o verde, as quaresmeiras em flor e velhos amigos. Ubatuba é litoral buceta: quente e úmido. ______________________________________________________________ Continuamos a leitura de Arriscar o Impossível de Zizek: "...de todas as grandes religiões mundiais, o islamismo decerto tem a resistência mais sólida aos processos do capitalismo global. " pg 197 "Ora, apesar de toda essa conversa sobre democracia, a verdade é que interessa aos Estados Unidos que a Arábia Saudita não se torne uma democracia, porque isso significaria o perigo de intervenções e de que os Estados Unidos perdessem o acesso ao petróleo. E, como parte desse jogo, a Arábia Saudita , por sua vez brinca de apertar e afrouxar a política fundamentalista, para se legitimar aos olhos de seu próprio povo

A felicidade não passa de um sonho, a dor é real

"Se quiser saber se o prazer é superior ao desgosto, ou se apenas se compensam, compare a sensação do animal que devora outro com a sensação do que é devorado." Arthur Schopenhauer Eu não sou afeita à publicação de imagens sensacionalistas. Mas o caso não é esse. Não se trata de uma sensação imaginativa. É real. Infelizmente os números de centenas de crianças asassinadas não foram inventados. Por isso eu quero ver, sentir e chorar - com licença, tenho medo de virar coisa. E se conseguir, refletir e dizer algo. Por enquanto vou pensando que a maior tragédia é a tragédia ínútil. Quero crer que a morte, a dor e o sofrimento dessas crianças e mães um dia façam algum sentido no coração e nas mentes dos que ainda defendem o capitalismo e os monstros-coisa que ele vem criando. Então taí. Provoco em mim a dor do outro em busca da compaixão e solidariedade que no meu quintal ainda são atributos humanos.

0729 - decore esse número e não patrocine mortes

eu li e linkei: Os números do código de barras acima indicam os produtos fabricados em Israel. Naomi Klein sugere a mesma estratégia de boicote utilizada nos conflitos na África do sul como reação à sangrenta ocupação de Israel à Palestina. Leia o texto ___________________________________________________________ Como morrer de medo aos 14 anos é um relato impressionante sobre as dramáticas consequências do terrorismo do estado israelense que atinge principalmente as crianças de Gaza. ___________________________________________ Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos? Eduardo Galeano Este artigo é dedicado a meus amigos judeus assassinados pelas ditaduras latinoamericanas que Israel assessorou . Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los. Continue lendo no RS URGENTE ______________________

ECOS

freaconomics? ainda vou ver comemorando economistas defenderem a tese de que guerras são prejudiciais à economia. vamos, lá, companheiros, procurem os índices, pelo menos nos anos recentes entre 1990 e 2008. aposto que acertamos/ wagner

lacan zizek real

nó borromeano - o real, imaginário e o simbólico Os excertos abaixo são de uma entrevista que Jacques Lacan concedeu em 1974 e fazem parte das minhas pesquisas para entender o tal do REAL de que fala Slavoj Zizek . "Emilio Granzotto – O senhor diz : o real não existe. Mas o homem médio sabe que o real é o mundo, tudo que o cerca, que ele vê a olho nu, toca. Jacques Lacan – Livremo-nos também desse homem médio que, em primeiro lugar, não existe. É apenas uma ficção estatística. Existem indivíduos, é tudo . Quando ouço falar do homem da rua, de pesquisas de opinião, de fenômenos de massa e de coisas desse gênero, penso em todos os pacientes que vi passar pelo divã em quarenta anos de escuta. Nenhum, em qualquer medida, é semelhante ao outro, nenhum tem as mesmas fobias, as mesmas angústias, o mesmo modo de contar, o mesmo medo de não compreender. O homem médio, quem é? Eu, o senhor, meu porteiro, o presidente da República? Emilio Granzotto – Nós falávamos de real, do mundo

Onde os galos não tecem mais manhãs

a noite termina nos latidos de um cão - não um galo- proclamador de manhãs as manhãs existem ou insistem? -impressionante como ainda não acabaram com as manhãs- sucede algo que nomeia-se dia outro novo que novamente escapa em noites manhãs cães e dias virão? silêncio e pode-se ouvir os gritos vindos do oriente e se estica-se bem a visão vê- se – quem sabe - os rubros olhos inclementes da loucura comungada com razão daí que não há galos que cantem em manhãs tão caninas nem manhãs que prometam bons dias nem dias que rescussitem vidas há – é bem verdade - uma ilusão perene e inconstante da supremacia do que - sabe-se lá porque- denomina-se humanidade onde galos não tecem mais manhãs CRIS

ARRISCAR O IMPOSSÍVEL

Estamos mastigando o livro Arriscar o Impossível de Slavoj Zizek conforme proposta de Tom Zé em seu Blog e por lá a discussão anda pra lá de nutritiva. Vocês- meus amigos - por que não aparecem por lá também? Tenho certeza que discussões como essa, tão importantes e ali mediadas pela corajosa e amável figura de Tom Zé é também arriscar o impossível. Então tá aí o convite. CRICA http://tomze.blog.uol.com.br/

Palestina: o que há para entender?

"O que precisamos hoje em dia é de códigos de conduta , não de mais entendimento. Eu acho que nos deveríamos opor totalmente a esta chantagem liberal de que temos que nos entender uns aos outros. Não, o mundo é demasiado complexo, não podemos. Detesto pessoas. Não quero entender as pessoas. Quero ter um certo código em que eu não entendo o teu estilo de vida e tu não entendes o meu, mas podemos coexistir. " Slavoj Zizek em entrevista a Euronews 12/09/08 LEITURAS A “transferência compulsória” palestina nos anos 40 - Daniel Lopes na revista Caros Amigos comenta o livro do historiador israelense Ilan Pappe The ethnic cleansing of Palestine (One World, Oxford, 2006). "Nenhum conflito desde o fim da Segunda Guerra conseguiu atrair para si tanta irracionalidade, lugar-comum e má-fé do que a contenda palestina-israelense. De um lado do campo das simplificações, temos o grupo que defende ser “resistência” o terrorismo de grupos compostos por fanáticos religiosos aproveita

SILÊNCIO

"Junto aos cadáveres, segundo a Cruz Vermelha, estavam quatro crianças apavoradas, muito fracas para conseguir levantar, sentadas ao lado dos corpos de suas mães. A Cruz Vermelha afirma que os agentes humanitários foram impedidos de chegar ao local por dias após o bombardeio." http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2009/01/09/ult4909u7114.jhtm

POESIA E DESESPERO

Eles não me disseram, não. Achei por acaso. Roberta Villa e André Prosperi estão na blogosfera juntos: poesia, videos poemas e a promessa de conversas muito saborosas. O nome do blogue é POESIA E DESESPERO - o blog dos poetas vivos. Bem vindos! CRiS Ah! Eu não resisti e roubei de lá este soneto do André Soneto inspirado no Glauco Matoso Não tem me agradado esta brincadeira. Pensas que não dói, só porque não quebra? Pois saiba que meu pau não é britadeira, afasta este seu cu feito de pedra. Prefiro dar de cara contra o muro a suportar você vindo de costas. Difícil mesmo é crer que saia bosta de um orifício assim, quase sem furo. Pior que a pica mole, é a prega dura. Alude um famosíssimo ditado despido de otimismo e de censura Tenho investido esforço exacerbado, perdoe se em teu peito a dor perdura mas trago aqui um membro calejado. André Prosperi

Baudelaire e a tartaruga

Meu amor hoje não te vi aliás, vi vários como você iguais por esta cidade Meu amor, quem é você? Não te conheço mais. Hoje posso ser Baudelaire e você será a minha tartaruga Juntos, sairemos para caminhar na chuva contra a tirania dos relógios dos tempos e dos climas ruins - insossa apoteose da rotina Eu quero é o apogeu da insanidade. ROBERTA VILLA

2009 ?

Ando tão cheia de culpas que qualquer coisa que eu diga será dita contra mim. Ah! Onde estávamos? Sim, o ano novo. Sempre o começo e o fim. Mais o fim creio eu - pulsão coletiva de morte. Começo a compreender porque um certo homem que conheci só bebe nessa época do ano. Mas bebe mesmo. Acorda bêbado e volta a beber. Bebe de tudo que gosta e o dia todo pois seus rendimentos permitem-lhe gozos etílicos senão raros, de certa linha e classe. Começa em meados de novembro e vai assim bêbado por todo o mês de dezembro. Para no dia 1º de janeiro. Rins e fígado em pandarecos. Sua úlcera sempre a chiar. Chás amargos. Outros remedinhos. Há anos safa-se dos contatos de final de ano através de tal método. Tolerado pela família e amigos como um homem metódico sem que isso se explique muito bem, mas que para mim faça muito sentido. Se tens bons rins, fígado e um estômago razoável poderá tentá-lo. Não é meu caso - embora não faça feio nos últimos anos. Neste, perdi a consciência e a inconsciência ta