Não escrevemos mais a lápis
-apenas a penas impenetráveis-
Não há riscos nem rabiscos
Nem caligrafias rápidas dos versos
Só a pressa dos dígitos
Solapados dos dedos nervosos
De mãos céleras
Adjetivadas, apenas.
Novos tempos e eras ainda não determinadas
Ninguém - e nem eu - nunca saberemos onde isso tudo vai dar
E só soubesse onde ia, o que saberíamos
Ainda?
(nunca)
Miss mistério desfila hoje na passarela da moda
Ninguém mais chora
Prozacs horas.
Sub up
Quem quer descobrir mais nada:
Apaga isso!
Vaga Sampa vagabunda
Vago mundo
Vaginas imaginárias
Vértices do desperdício.
Vozes vagas
O útero do mundo – hoje- é um mar podre.
Minha cerveja e meu vinho, esgoto.
Mas nem toda caneca, desgosto.
Há o que o há para se viver
Nascer
Morrer
Mil e noventas e noventa e nove outras vezes.
E sempre haverá.
Sou incompreensível como o quer a boa regra moderna:
Sejamos dissimulados
e
cínicos
e
tangivelmente absurdos.
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