Tô puta da vida.
Fui ao cinema hoje à noite com Isadora pra ver um desenho e não pude pagar a meia entrada como professora. A lei, disse-me o pobre do gerente que teve de aturar o meu piti, não serve pra professores da rede municipal de SP, só estadual. Não queria mais falar sobre isso. Eu que aprenda a ser feliz sem sem descontos. Não entrei, achei um desaforo pagar 25 pilas. Expliquei pra Isadora qualquer coisa e fui literalmente chorar num canto qualquer do shoping Eldorado. Minha Isa, meu insight, meu antideprê mais pesado, também não se lamentou pela troca entre a piscina de bolinhas e um carrossel naquilo que pretendia ser um arremedo de parque de diversões.
O gerente não mentiu. A lei da meia entrada nos cinemas, que devia ser regulamentada por lei federal é um salve-se quem puder. E pra falar a verdade, também não acho que o porco do capitalista do dono do Cinemark deva me patrocinar descontos só porque eu seja uma professorinha miserável que no 15º dia do mês não tenha um puto na carteira. Mas a verdade é que chorei. Chorei até ficar com dó de mim.
Boa noite.
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