Há uns anos, quando morei no Butantã, uma professora me disse que estavam demolindo as salas de aula numa outra escola da prefeitura, ali mesmo, naquela região. Primeiro pensei tratar-se de mais uma depredação, mas logo soube que a extinção das salas de aula fazia parte de um projeto que estavam implementando na EMEF Des. Amorim Lima - uma escola diferente. Humm, meu espírito anarquista gostou daquilo.
Ali, inspirados na Escola da Ponte de Portugal, comunidade e educadores vem, desde então, desenvolvendo um projeto político-pedagógico baseado em solidariedade, cooperação e cidadania. Como neste semestre pretendo conhecer a escola e registrar aqui minhas impressões, sempre que posso, garimpo alguma informação sobre a escola. Hoje assisti esta entrevista com a diretora da escola e quis compartilhar com vocês. Aí vai:
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Da entrevista, particularmente, me chamou a atenção -e porque era também uma dúvida minha- a solução encontrada para a utilização do material didático, uma vez que este é comumente elaborado para escolas de seriação. Mais uma vez, meu espírito anarquista bradou: o doutor da USP, que se propôs a observar a escola e lhe oferecer um projeto -que feliz parceria esta, não Pedro? -, literalmente destruiu os livros para construí-los dentro de um política pedagógica repensada com e para uma comunidade.
Acho que a experiência do Amorim Lima tem de ser divulgada e como não aguento mais de curiosidade, vou lá ver esse troço de perto e contar pra vocês o que vi.
Seguem mais dois vídeos: um Amorim Lima e outro sobre a Ponte.
Bjcas CRICAS.
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