Hoje sei.
A medida de meus versos
- e eles existem -
É o que se me mostro
E o que se me vêem – inda que invisível -
Do verme ao anjo
Integralmente.
Titubeei – é bem sabido, como verdade insígnia de minha desonra e glória –
Porém persisti – e só ela foi minha testemunha, porque só nela Cri Que hAvia - como algo que simbolicamente real se me desvendasse, e
Vivi sob e sobre uma vida
Cada gole e naco do impossivelmente real.
Resisti
Sem glórias ao indubitável respiro porque
respirar era tudo:
pra dentro e pra fora – e vice e versa o verso -
homens e filhos,
pai e mãe,
poesia e práxis.
Mereço, portanto, essa taça de vinho tanto quanto as chibatadas que me ofendem.
Tudo está incluído.
Principalmente o principal.
Secundariamente o secundário.
Terceariamente o ter supérfluo.
Uso e desuso
A grandiloqüência e o prosaico
O gole e a mordida.
Tudo vira merda e medra no tempo.
O futuro?
Cem mil bicudos numa noite quase clara... poesia ou agito?
Encontro ou perdição?
Verso ou prosa?
Palavras sãs que lavram mentes insanas
Onde busco a dicção perfeita do raro espasmo epifânico no vão da coisa vã.
Vão é o mundo e vão e meu pensamento também.
Tudo passa
A dor
O amor
O som... o silêncio.
O silêncio... a glória.
E passará sempre a caligrafia rápida destes versos e sentimentos que lhes nomeiam versos.
E as balas que ultrapassaram o corpo inocente, também passarão?
Nem justos são os versos, nem justa é a lida.
Mas mereço essa taça de vinho e o sôfrego instante de minhas veleidades poesíveis nesta noite escura.
Tim- tim!
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WAGNER