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Palestina: o que há para entender?

"O que precisamos hoje em dia é de códigos de conduta, não de mais entendimento. Eu acho que nos deveríamos opor totalmente a esta chantagem liberal de que temos que nos entender uns aos outros. Não, o mundo é demasiado complexo, não podemos. Detesto pessoas. Não quero entender as pessoas. Quero ter um certo código em que eu não entendo o teu estilo de vida e tu não entendes o meu, mas podemos coexistir."
Slavoj Zizek em entrevista a Euronews 12/09/08

LEITURAS

A “transferência compulsória” palestina nos anos 40 - Daniel Lopes na revista Caros Amigos comenta o livro do historiador israelense Ilan Pappe The ethnic cleansing of Palestine (One World, Oxford, 2006).

"Nenhum conflito desde o fim da Segunda Guerra conseguiu atrair para si tanta irracionalidade, lugar-comum e má-fé do que a contenda palestina-israelense. De um lado do campo das simplificações, temos o grupo que defende ser “resistência” o terrorismo de grupos compostos por fanáticos religiosos aproveitadores que vitimizam civis israelenses, quando não aqueles em nome de quem dizem agir. De outro, há os que pensam ser “legítima defesa” o terrorismo estatal israelense." continue lendo

Assista entrevista com llan Pappe . Clique aqui

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A DECLARAÇÃO DE BALFOUR

A Declaração de Balfour é uma carta escrita em 2 de novembro de 1917 pelo então secretário britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, enviado ao Lord Rothschild sobre sua vontade de conceder ao povo judeu uma facilitação de povoação da Terra de Israel caso a Inglaterra conseguisse derrotar o Império Otomano, que, até então, dominava aquela região. A carta destinada ao Lord Rothschild, presidente na British Zionist Federation foi escrita usando-se os seguintes termos:
"Caro Lord Rothschild,
Tenho o grande prazer de endereçar a V. Sa., em nome do governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações sionistas, declaração submetida ao gabinente e por ele aprovada:
'O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional para o Povo Judeu, e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não-judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país.'
Desde já, declaro-me extremamente grato a V. Sa. pela gentileza de encaminhar esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista.
Arthur James Balfour."
A França e a Itália, aliadas de Londres na Primeira Guerra Mundial ratificam espontaneamente a Declaração de Balfour, prevenindo-se de deixar o Oriente sob administração exclusiva do Império Britânico. Os Estados Unidos aprovaram-na em agosto de 1918.
fonte wikipedia

Comentários

Pedro disse…
Olá Crica! Investigar os fatos nos dá uma sensação de quão brutais são os seres humanos, não é mesmo? E pior é que não se trata de uma teoria da conspiração. Os fatos estão aí, nus e crus para aqueles que queiram saber. Também concordo com o Zizek: quando existir esse código de conduta que mesmo em face de todas as diferenças, seja possível coexistir, quero seguí-lo. Enquanto isso, tento encontrar meu próprio meio de respeitar o próximo, ser ético comigo mesmo já é um grande avanço. Mas ainda posso (podemos) muito fazer. É preciso tentar. Bjo, até mais!

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