Eric Fischl ******************************************************************************
Vou manter o humor. E vou mantê-lo por mim porque preciso rir. Eis o único atributo humano digno de deusas: rir. Gargalhar das minhas idiossincrasias e das tuas. Se vais à merda te acompanho vestida de singularidades obscenas. Sedas, ligas e outras cossitas que te deixaram louco. Mas só isso. Não me peças mais nada que não as tenho para te oferecer. Sou mulher. Fêmea, só. Não construo edífícios embora goste muito de morar neles. Mas se tiver de voltar à tapera, tanto me faz.
Queria 24 horas por dia ser obscena. Só a obscenidade e o riso é capaz de me comover hoje. E quão difícil é ser obscena e risonha no meio de tantos púlpitos sacrofalus tristes... Os homens estão todos a me endoidecer – no pior dos sentidos - sempre. Contaminam-me com suas epidêmicas dores de isso me pertence baby e, cara, inda acho que só os vermes te pertencem. Só a eles deve os relatos de tuas ignômicas perdas. Venha tomar meu cu, baby! Venha lambê-lo. E cale-se de uma vez por todas. Cale-se porque não tens nada para me dizer hoje.
A literatura encheu minha cabeça de idéias tortas. Vou mal na contramão dos tempos. Vou mal e torta. Gosto de ir assim. Mal e torta. Gosto de ir. Gosto de rir.
Não matrimorniar-me-ei. Já vos disse milésimas vezes. Não há contrato, cartório ou padre. Só minha cona molhada e teu pau em riste, ouvistes? Não há cartório, nem padre, nem rei, nem lei.
Não me quero filiada a partidos. A não ser que sejam obscenos. Quiça o partido das tristes putas. Das inglórias lutas em alcovas lúgubres. Doidivana. Quero-me assim. E por hoje é só.
LORYCRIS
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