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ILÍADA URBANA

Maria Helena não era metida à besta. Tinha uma boa bunda, belos dentes e uma cinturinha feita pra gente viver enroscado nela. Sabia conversar sobre qualquer assunto e não escolhia seus companheiros por padrão econômico, social e não ligava para o tamanho de seus falus. Quando percebia que o moço achava que ela era muita areia pro seu caminhão tecia-lhe elogios tão gentis que sapo virava príncipe. Maria Helena não existia e não havia rapaz naquela época que desejasse a moça e não lhe fosse prontamente atendidos seus desejos. Maria Helena tinha pena dos homens. Sabia que eles amavam suas mães e que nunca poderiam tê-las como suas mulheres. Amar com Maria Helena era exercitar a generosidade dos deuses na sua quintaessência, não havia interdito que a violentasse. Tudo se passava como se nascesse ali o início de todos os tempos. Maria Helena não era imoral, era amoral. Deusa pagã de tempos imemoriais. Até que Maria Helena num descuido – porque seu único defeito era ser distraída - se apaixonou por um homem que nunca teve mãe e por não compreender o amor infinito de Maria Helena por todos os outros homens quis casar-se com ela.
Maria Helena na noite de núpcias suicidou-se e são dela os póstumos versinhos:

amados amantes serão
se mães puderem parir,
filhos puderem nascer,
maridos nunca existir e
mulheres puderem foder.

CRIS

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