Financiei a vida em 40 prestações no deserto das obrigações úteis.
O saláriomedo que regularmente pagam-me em
grãos de areia ampulhetais
enrijecem meu desejo de consumo das ociosidades criativas.
Importa não ter importância nenhuma.
O saláriomedo que regularmente pagam-me em
grãos de areia ampulhetais
enrijecem meu desejo de consumo das ociosidades criativas.
Importa não ter importância nenhuma.
...não há menino ou menina, homem ou mulher, anciã ou ancião que queira brincar comigo ou
contar-me um sacrosegredo...
Dívidas são dúvidas!
Ter ou não ser? Eis a prestação divina.
...saibo ainda a tantas especiarias suaves
ou ardidas e não há quem as sinta...
O gerente da vida é implacável:
Se queres a morte, procura um consorte.
Não matrimoniar-me-ei!
Rebuliço a alma de versos,
impressões e álcool,
muito álcool.
Escondo-me nos botequins, nas esquinas,
nos pontos de ônibus e não espero.
Lanço-me adiante.
Quem vive a vertigen da vida no verso?
Vocifero quase lúcida e ácida:
Eu
morrerei apenas uma vez!
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