não pare agora
não pare ainda
dê meia volta
vá mais acima
se não puder subir
desca
salte de cabeça
mas não pare ainda.
fique de cócoras
quem se importa
se
você
bebe
tome ainda outro pileque
se não puder rir
chore
dia destes teu coração explode
e não haverá mais quem a incomode
tua existência
só aos vermes
faz sentido
isso,
vai!
inverta todos os sentidos
enlouqueça
saúda os vermes
haverá sempre um algo
ou álcool na esquina
embriaga-te
de poesia
todos os dias
todos os dias
desfaleça
finja à morte
engane a vida
güenta firme que um dia
o dia
continuando a gente termina
só não pare ainda.
dê volta e meia na rotina
invente
outra saída
entre noutra partida
mas não
nunca mais pare ainda.
penetre
desconserte
concerte
mais uma
só mais uma sinfonia
mas nunca mais
não pare ainda.
suba nas paredes
engula a gula da vida
sofra
regurgite
deixe que te lambam as feridas
priorize o nada
espete o falo
nas colchas de retalhos dos cacos
mas nunca pare
não ainda.
vagueie
durma
despenteie as franjas
as tranças
os pentelhos
a lida
mas só ainda não pare nunca.
dê um tempo
o dia
dia desses termina.
madrugadeie
anoitetardeie trás-dos-vales
esqueça
as
amoras morenas
mortas
todas todas todas
ocas
tão pequenas
sabe-se lá donde vêm os beijos...
quem há ainda de parar
só?
não diga
mas se puder repita
embrome
invente outro nome
corte o cabelo
dê um jeito infinitivamente nos seus preconceitos
remodele
insista
não entregue
enrole
tudo tudo
num fino papel de seda
e traga
traga a vida
pra cá
pra lá
além aquém
fumaceante
ondulante ante
o espetáculo
que dia destes termina
mas não
nunca mais pare
ainda.
Ouça-o:
não pare ainda
dê meia volta
vá mais acima
se não puder subir
desca
salte de cabeça
mas não pare ainda.
fique de cócoras
quem se importa
se
você
bebe
tome ainda outro pileque
se não puder rir
chore
dia destes teu coração explode
e não haverá mais quem a incomode
tua existência
só aos vermes
faz sentido
isso,
vai!
inverta todos os sentidos
enlouqueça
saúda os vermes
haverá sempre um algo
ou álcool na esquina
embriaga-te
de poesia
todos os dias
todos os dias
desfaleça
finja à morte
engane a vida
güenta firme que um dia
o dia
continuando a gente termina
só não pare ainda.
dê volta e meia na rotina
invente
outra saída
entre noutra partida
mas não
nunca mais pare ainda.
penetre
desconserte
concerte
mais uma
só mais uma sinfonia
mas nunca mais
não pare ainda.
suba nas paredes
engula a gula da vida
sofra
regurgite
deixe que te lambam as feridas
priorize o nada
espete o falo
nas colchas de retalhos dos cacos
mas nunca pare
não ainda.
vagueie
durma
despenteie as franjas
as tranças
os pentelhos
a lida
mas só ainda não pare nunca.
dê um tempo
o dia
dia desses termina.
madrugadeie
anoitetardeie trás-dos-vales
esqueça
as
amoras morenas
mortas
todas todas todas
ocas
tão pequenas
sabe-se lá donde vêm os beijos...
quem há ainda de parar
só?
não diga
mas se puder repita
embrome
invente outro nome
corte o cabelo
dê um jeito infinitivamente nos seus preconceitos
remodele
insista
não entregue
enrole
tudo tudo
num fino papel de seda
e traga
traga a vida
pra cá
pra lá
além aquém
fumaceante
ondulante ante
o espetáculo
que dia destes termina
mas não
nunca mais pare
ainda.
CRICA 2005
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