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corpos embriagados
de copos num botequim
pretendia eu teu dedo
em minha cona
molhada, meus lábios
secos
mas teus olhos por detrás daqueles
óculos no fundo de uma
garrafa
nem me ofereciam outro gole....

e eu só esbaforida
sedenta por sei lá de que sabor de que outra cerveja
outro gole, outro gole, outro gole

tão mais forte que meu desejo
é tua depressão

não me quis
não me quer
não me quis
não me quer

inventei um jeito estranho pra viver
todo dia a cismar
minha fronte no espelho
que diabo de ser sou eu?
de que inferno vem você?
por que de tanto desejo?

Não me quis
Não me quer
Não me quis
Não me quer

morrer agora?
se cantavam cantores
se dançavam mulheres
morrer agora?
nós os autores
sei lá de que comédia
morrer agora?
me diz,
agora?
podia estar morta ontem
amanhã
hoje não estava
não conseguia

é que
copos embriagados
de corpos num botequim
onde dançavam cantores
e cantavam mulheres
na comédia de sei lá de que autor
diziam-me
que
não me era permitido morrer
agora
diante dos teus olhos
agora
por detrás das garrafas
molhadas
e os meus lábios
secos
...
não agora
ainda não agora.

CRICA 2004

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