Pular para o conteúdo principal

Gustav Mahler - Symphony No. 10



Não escrevemos mais a lápis

-apenas a penas impenetráveis-

Não há riscos nem rabiscos
Nem caligrafias rápidas dos versos
Só a pressa dos dígitos
Solapados dos dedos nervosos
De mãos céleras
Adjetivadas, apenas.

Novos tempos e eras ainda não determinadas
Ninguém - e nem eu -  nunca  saberemos onde isso tudo vai dar
E só soubesse onde ia, o que saberíamos
Ainda?

(nunca)

Miss mistério desfila hoje na passarela da moda
Ninguém mais chora
Prozacs horas.
Sub up
Quem quer descobrir mais nada:
Apaga isso!

Vaga Sampa vagabunda
Vago mundo
Vaginas imaginárias
Vértices do desperdício.
Vozes vagas

O útero do mundo – hoje-  é um mar podre.
Minha cerveja e meu vinho,  esgoto.
Mas nem toda caneca, desgosto.

Há o que o há para se viver
Nascer
Morrer
Mil e noventas  e noventa e nove outras vezes.

E sempre haverá.

Sou incompreensível como o quer a boa regra moderna:
Sejamos dissimulados
e
cínicos
e
tangivelmente absurdos.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LER OU NÃO LER ? EIS A QUESTÃO.

Vixe! Que daqui a pouco o Tom Zé vai ter que entrar aqui pra achar a minitribo Tomzeniana. hehe. Mas é isso aí. Estou aprendendo lá como usar o nosso quadrado pra sair do quadrado. Bê. Não é bem assim. Aqui também pra cada dez que fazem tem cem pra desfazer. Há uns e há muitos outros também. Escola pública é uma doideira. Tudo muito improvisado. Veja só a situação da escola da prefeitura que te falei. Iniciamos o ano com tudo encaixotado, até dicionários. E o projeto piloto da escola é de leitura e escrita! Pode? Aliás vou te enviar um conto que comecei a escrever e não conclui em que há uma passagem muito parecida com o que aconteceu com tua sobrinha. É só eu achar. Aguarde. Márcia - minha amiga que também é professora das duas redes - me desminta, se não é verdade. A gente é brava gente brasileira, não? Que dia da semana você não quebra o pau e às vezes a cara pra garantir algo que já devia estar garantido? É assim. Perdi as contas de quantas vezes tive que arrombar portas de bibl...

FIM DO FIM DE SEMANA

"Nas escolas a situação é de calamidade pública. Muitas nem sequer possuem bibliotecas. Não raro, é algum professor que se encarrega de organizar o acervo. Em outras, os livros se atulham sob escadas, corredores ou salas inadequadas. O impacto é extremamente negativo na formação dos alunos. Na idade em que a leitura precisa ser valorizada para que seu hábito se cristalize, o estudante vê livros tratados como entulho. Nada o convencerá mais tarde do contrário: o livro permanecerá entulho, e sua leitura, um ato despido de sentido. " clique aqui e continue lendo O trecho acima é de um texto que a ensolarada companheira Bê solidarizou com a gente. Ele foi escrito por uma biblitecária, profissão que não existe na educação pública - ao menos por onde andei. Só não ouso dar detalhes da infeliz situação das escolas onde leciono pois temo ser acionada - ainda! - pela Lei da Mordaça que prevê punições discsiplinares ou demissão para q...

as cricas portuguesas...

AULA DE PORTUGUÊS Você sabia que um dos sinônimos da palavra crica em Portugal é vulva ? Isso mesmo. Vulva, vagina, boca do corpo, cona, cono, pachacha, pachacho, pardal, pardaloca, pito, racha, xarifa, xarolo, coño, chocho, felpudo, chichi e crica ! A ilustração abaixo é uma gravura alemã do século XVII e traz anexo um atestado de virgindade donde pode-se perceber o bom uso da termo crica . Atestado de Birgindade Eu, Bárbara Emília, parteira que sou de Coyra, atesto e certufico pela minha onra que Maria de Jesus tem as partes fodengas talinqual como veyo ao mundo insceto umas pequenas noidas negras junto ao alto do monte da crica que a não seren de nacenssa sarão porvenientes de marradas de piça. Por ser verdade pasei o prezente atestado de virgindade. Bárbara Emília das Dores Ai, ai, minha santa periquitinha! http://escavar-em-ruinas.blogs.sapo.pt/11724.html http://pt.wiktionary.org/wiki/crica